LightScribe é um nome já bastante familiarizado no mundo informático, concretamente nas drives ópticas, mas acredita-se que grande percentagem dos possuidores desta tecnologia não sabe para que serve ou como funciona. Trata-se de uma tecnologia, datada de 2004, proveniente da conhecida marca Hewlett-Packard, concebida pelo Eng. Daryl Anderson, chegando ao mercado como uma fusão de design e armazenamento óptico com o objectivo de dar um toque especial aos media lá de casa.
Como funciona então esta tecnologia? O LightScribe consiste em imprimir texto ou imagem directamente num media (CD/DVD) apropriado, na face contrária à dos dados, usando um gravador preparado para tal. A impressão é feita pelo mesmo laser que faz a gravação de dados, queimando a superfície do disco (vulgarmente de cor castanho claro – sépia) em tons de cinzento com uma qualidade final bastante elevada. O que preciso para o fazer? É necessário ter um gravador preparado para essa tecnologia. Para saber se o seu gravador a suporta ou não, basta verificar a existência do logótipo, mostrado abaixo, ou pesquisar pelas características da marca e modelo em questão. É necessário também adquirir os media preparados e compatíveis com a tecnologia. São um pouco mais caros que os normais (exageradamente mais caros em Portugal) mas, dependendo do resultado e aplicação finais que se pretendem, pode ser dado um toque final de grande qualidade por um preço bastante inferior que o que seria necessário pagar se o trabalho fosse feito numa gráfica. Existem, desde 2006, outras cores além de sépia: vermelho, verde, azul, amarelo e laranja. Como fazer? Primeiro que tudo, após verificar que o gravador de CD/DVD suporta a tecnologia, é necessário instalar os drivers para o sistema reconhecer que existe um gravador LightScribe de modo a poder usá-lo. O processo é trivial. Após isso será necessária uma aplicação para escolher, editar e imprimir o que pretendemos. Existem imensas aplicações pagas, umas melhores outras piores, algumas já incluídas como pacote de software do próprio g ravador, e existem também algumas gratuitas. Optei por referir apenas as aplicações oficiais da LightScribe, gratuitas e de qualidade bastante boa. LightScribe Simple Labeler Tal como o nome sugere, trata-se de uma aplicação mesmo simples. Apenas permite escrever uma frase superior e outra inferior, havendo a possibilidade de juntar um pequeno padrão. É portanto o ideal para etiquetar discos. LightScribe Template Labeler Nesta aplicação a qualidade aumenta substancialmente. Temos à nossa disposição uma enorme quantidade de templates (modelos pré-desenhados), dos mais diversos temas, que nos permitem adicionar imagens e texto de forma simples e rápida. Basta escrever o que pretendemos e seguir para a impressão. No site da LightScribe existe uma secção, Design Center, que nos disponibiliza packs temáticos de templates. Após fazer download do pack, basta instalá-lo que as novas imagens aparecerão nas categorias de modelos do LightScribe Template Labeler. Ao todo temos à disposição cerca de 400 templates de óptima qualidade, gratuitamente. Dependendo da template, existem várias zonas passíveis de selecção para adicionar texto ou imagem. É possível adicionar uma imagem à respectiva caixa com duplo clique sobre a caixa ou usando drag & drop (agarrar e largar). Caso não encontremos nenhum template a gosto, no final da listagem de cada categoria existem 3 modelos simples que facilitam o uso de imagens personalizadas, onde poderão ser usadas por exemplo aquelas fotos da família que até se encaixam no formato do disco. Todo o texto ou imagem adicionados podem ser formatados. No texto pode ser aplicado qualquer tipo de letra (desde que instalado), tamanho, adicionar negrito, itálico, sublinhado, com contorno e pode ser definida a sua posição na caixa onde o adicionamos. Quanto à imagem, pode facilmente ser ajustada da forma que pareça melhor, podendo controlar o zoom, arrastá-la ou encaixá-la, centrar e até mesmo rodar. É possível pré-visualizar o resultado final a qualquer altura e, assim que a imagem estiver pronta a imprimir, basta colocar o disco no gravador de CD/DVDs com a parte a imprimir virada para baixo, escolher o nº de cópias e o nível de contraste, premir “Imprimir” e a gravação iniciará. Aqui demora cerca de 15 minutos. Eis o resultado, abaixo. Não sei se será apenas do meu gravador (pois só testei no meu) ou se o acontece na generalidade mas o resultado final após a primeira impressão, mesmo seleccionando o nível de contraste “Melhor”, tem pouco contraste. Como resolver? Fácil. Este tipo de media têm um código próprio junto ao centro, na face destinada à impressão, permitindo que haja controlo nas impressões posteriores, podendo adicionar informação ou, como é o caso, imprimir o mesmo uma segunda vez para aumentar o contraste. Após a segunda impressão, o resultado é: As melhorias são evidentes e compensa esperar o dobro do tempo para obter este último resultado. É possível notar alguns riscos nas zonas mais escuras, principalmente após a segunda impressão, no entanto a resolução é bastante boa, sendo possível discernir os pequenos excertos de texto lá colocados. Sou obrigado a gravar primeiro toda a informação e só depois imprimir? Não. É dito em bastantes sítios que o método correcto de utilização destes media é gravar, virar, imprimir (burn-flip-burn), até mesmo na embalagem dos DVDs que tenho, no entanto essa ordem não é obrigatória. Pessoalmente, em alguns DVDs LightScribe que tenho com fotos, estão impressos a meu gosto e mantenho-os abertos, podendo adicionar informação sempre que quiser. Portanto, o uso de ambas as faces é independente. A impressão é eterna? Nada é eterno, mas a impressão poderá durar bastante tempo se for cuidada. É sabido que em determinadas condições a impressão tende desaparecer com o tempo, perdendo a sua cor e contraste. Portanto, para tal não acontecer, os discos devem ser acondicionados em espaços frescos e escuros, fora de calor intenso, humidade e luz directa do sol. Os químicos residuais das mãos, provenientes de cremes e de produtos capilares, podem também interferir na zona de impressão, provocando estragos. Não se deve também deixar os CD/DVDs durante longos períodos de tempo dentro das drives de leitura, principalmente dos carros, pois estarão sujeitos a elevadas temperaturas.
Post original de: Peopleware |
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